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Erros de continuidade se tornam normais no mundo Turco

Foto do escritor: JéhJéh


Olá, cabaretes.


Hoje vamos falar sobre erros de continuidade e o porque muitas pessoas interpretam de forma errônea erros tão comuns na indústria noveleira.

Temos vários exemplos nacionais e internacionais e focaremos principalmente na dramaturgia turca.

Existe uma profissão chamada Continuísta. Ele é o responsável por analisar os erros de continuidade da cena e minimizar isso para o público. Porém, isso não depende apenas desse profissional. Depende também, do andamento da filmagem, das prioridades de direção, da produção e da montagem da cena, levando em consideração a fotografia e atuação do elenco.

Cada produção tem sua forma de trabalhar e em uma obra complexa o que não falta são inconsistências. Algumas filmagens são feitas fora da ordem cronológica, algumas cenas são acrescentadas devido a necessidade de se explicar algo que antes não havia sido necessário ou mesmo algumas cenas são re-gravadas, exigindo uma atuação melhor do elenco.

As cenas são gravadas muitas vezes de forma diferente do que assistimos. Existem recortes, montagens e questões de imagem, como horário, tempo e imprevistos no set de filmagens. Citaremos aqui um exemplo de Emanet.

Quem de vocês nunca percebeu que a porta do quarto do Yaman por fora é de um tamanho e por dentro é de outro? Isso porque na história, houve a necessidade de se colocar o quarto dele próximo ao do Yusuf e da Seher, porém o interior do quarto, não fica no mesmo andar. Sendo assim, toda vez que eles entram ou saem da porta, eles fazem isso várias vezes, pois o cenário é diferente, sendo necessárias as montagens para que a cena fique coerente. Porém em uma produção como Emanet, que é diária, os erros muitas vezes são maiores que outras produções semanais. Além disso, existem vários roteiristas que podem prejudicar um pouco as coerências no texto. São coisas que para o público Turco, por mais que sejam percebidas, muitas vezes sequer é digna de comentário, pois estão acostumados com a forma de se fazer e os erros. Para nós, brasileiros, isso incomoda mais, pois temos umas das melhores indústrias de coerência de roteiro e cenas do mundo e estamos acostumados com os erros quase mínimos das novelas.

Para quem assiste uma dizi turca há mais tempo, percebe esses erros, porém muitas vezes não os analisa. Sabe que isso é comum e que eles não se preocupam tanto, desde que o conjunto da cena esteja satisfatório. Vemos muitas pessoas destrinchando cada mínimo detalhe, erro e cenário de forma equivocada, complicando ainda mais o entendimento do telespectador. Tenham em mente que na Turquia não se trabalha em Projac, portanto as produções utilizam de objetos iguais diversas vezes, casas que já são conhecidas pelo público e que são usadas em várias dramaturgias e roupas que são parecidas ou mesmo iguais. E quando falamos de um canal pequeno, com um orçamento menor como é o caso de Emanet, o cenário e roupas se tornam algo muitas vezes idênticos ou vocês nunca perceberam o tecido do vestido da Seher no pedido de casamento no restaurante igual a blusa da Zuhal? Ou que os celulares dos personagens são os dos atores? Sem falar, claro, de um convite para o cinema as 13:00 horas, sendo enviado as 14:49 horas e sendo recebido as 15:13 horas.

Portanto minhas lindas e meus lindos, não se apegue a pormenores da obra, não tentem analisar cada quadro, desenho ou roupa dos personagens, pois muitas vezes nada tem a ver com uma mensagem subliminar. É simplesmente uma forma de se fazer a dizi com o que se tem e com o que é conhecido. Vejam as histórias em todo o seu contexto, vejam o que o autor quer passar com a obra e desapeguem de teorias mirabolantes que muitas vezes servem apenas para os confundir ainda mais.


Nós vemos em breve… Beijinhos


 
 
 

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